quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Em época de Férias...




Um grande número de especialistas em saúde sugerem que cada pessoa encontre um tempo para si mesmo, sem ter que deixar todo o resto de lado. Tirar férias, um ano sabático, ou seja, forjar um tempo para o descanso, onde ainda se possa mergulhar numa jornada de autoconhecimento e cultura, é o programa perfeito para todos, seja homem ou mulher.

A dica, portanto é ir ao cinema, e no escurinho, regrado a coca-cola e muita pipoca, saborear ao filme “COMER, REZAR, AMAR” (EAT, PRAY, LOVE), uma versão cinematográfica do livro com o mesmo nome da jornalista americana, Liz Gilbert.

Na história, a atriz Julia Roberts que interpreta a protagonista jornalista Liz, que após passar por um divórcio resolve, por um ano inteiro, viajando a fim de reencontrar o sentido para a vida. Durante sua peregrinação, ela descobre os prazeres gastronômicos comendo a deliciosa culinária italiana. Em seguida, na Índia, a meditação que proporciona amparo para suas aflições. Por fim, encontra o amor na Indonésia ao conhecer Felipe.

O filme é, realmente, muito bom! Todos deveriam assistir, não somente como uma válvula escape para se desestressar, mas também como uma aula de cultura, onde, através do filme se possa viajar por lugares lindos, exóticos e que contam muita história. O filme merece ser visto também como uma grande oportunidade de se viajar, conhecer lugares, pessoas e ainda enriquecer a cultura, até que um dia se você possa estar in-loco, conhecendo estes e outros lugares, e poder viver uma experiência como esta.

Baseado no livro de mesmo nome da autora Elizabeth Gilbert, e protagonizado por Julia Roberts e Javier Bardem tem como um dos pontos forte de divulgação a sua trilha sonora marcasda por Eddie Vedder, vocalista do Pearl Jam. Além das músicas de Eddie Vedder, a trilha de Comer, Rezar, Amar, dirigido por Ryan Murphy, da clamada série Glee, ainda conta com músicas como Wave (Tom Jobim), S Wonderfull (George & Ira Gershwin) e Samba da Benção (Bebel Gilberto); além de nomes como Neil Youg, Sly & The Family Sone, Marvin Gaye, Florence and the Machine e Josh Rouse.

VEJA O TRAILER

ANIZIO RODRIGUES DE OLIVEIRA FILHO

MEU NOME MARLEIDE






        Conheci a empresária baiana, Marleide Monteiro através de uma entrevista concedida no programa do Jô Soares.
        Através do programa foi-nos apresentada, entre risos e lágrimas, a empresária Marleide Monteiro. Digo entre risos e lágrimas, porque a entrevista, digna de ser vista, girou única e exclusivamente nas histórias de vida contadas por Marleide, como ela gosta e quer ser chamada.
        As relações e tragédias familiares, o preconceito sofrido, o trabalho como forma de mudar seu destino, o casamento que a levou de Vitória da Conquista (BA) a Santos e muitos outros casos são lembrados pela empresária, que conta ainda sobre as técnicas de marketing criadas por ela para convencer, no passado, os vizinhos a comprarem seus bolos e salgados e a ajudaram a construir um nome, do qual muito se orgulha.
       Marleide Monteiro, mulher de fibra, uma verdadeira guerreira, venceu a miséria, e degrau a degrau ela vem galgando os píncaros mais altos do sucesso, sempre com muito trabalho, regrado a uma honestidade ímpar e muita humildade.
       O próprio Jô se encantou com a entrevistada, que quase ou nada falou do livro, ou de outros casos como sempre é de seu feitio. Após a entrevista ele a cumprimentou de pé, beijando suas mãos.
No livro a autora relembra fatos que marcaram sua vida e que a ajudaram a chegar até a cidade de Santos, cidade escolhida por ela para viver, cultivar seus sonhos e realizá-los.
       O prefácio é do advogado e jornalista (ex-chefe de Sucursal do Estado de S. Paulo, na Região), José Rodrigues, que destaca o fato de Marleide não parar diante da pedra no meio do caminho. “Ela tenta e, na maioria das vezes consegue, remover os obstáculos e, quando isso não é possível, dá a volta para seguir na caminhada”, diz.  
       Marleide Monteiro ainda era menina quando teve sua primeira idéia de negócio. Ela morava na pensão de uma tia-avó em Vitória da Conquista (BA), notou que pela rodovia Rio-Bahia passavam muitos carros e caminhões e não teve dúvida: começou a madrugar para fazer a receita de mingau herdada da mãe morta precocemente, ia para lá e vendia tudo em pouco mais de uma hora. Hoje, Marleide Monteiro tem três confeitarias em Santos, cidade que povoou seus sonhos infantis e para onde conseguiu se mudar depois de muita aventura. Essa e outras histórias podem ser conferidas no livro
MEU NOME É MARLEIDE”.


ANIZIO RODRIGUES DE OLIVEIRA

“Michael” Jackson volta dia 14

Por Norton Emerson

No próximo dia 14 de dezembro o “novo” e tão aguardado (?) álbum de Michael Jackson.
O cd chega um ano e meio após muitas polêmicas e discussões sobre a qualidade musical e acusações dos próprios filhos de Michael, que disseram, recentemente, em entrevista coletiva que a voz, em algumas canções não são do astro.
O fato é que mesmo assim, milhares de pessoas esperam ansiosamente a chegada às lojas do ultimo trabalho inédito do rei do pop, Michael Jackson.
Há poucos dias, o disco vazou na internet e as musicas disponíveis mostraram que Michael estava oscilando entre o velho e o novo pop.
Músicas como “Hollywood Tonight” relembram, e muito, as características do bom e velho astro pop com levadas fortes e ritmo alucinante.
“Best Of Joy” e “Much Too Soon” vieram e agradaram. Não é para menos que estão tocando incessantemente nas FM´s de todo o mundo. Parecem que foram feitas para o rádio.
A fraca “Hold My Hand” vem com um tom apelativo, simples e meigo, mas no final acaba sendo dispensável e melancólica a audição.
A participação do happer 50 Cent na canção “Monster”, mostra que Jackson é mesmo antenado e merece o título de rei do pop.
Toda a versatilidade do cantor é vista no funk “Behind The Mask” com presença forte e marcante de contra baixo, assustadoramente dançante.
Michael ainda faz um protesto contra os ataques que sofreu da imprensa em “Breaking News”.
A voz marcante de Lenny Kravitz, um dos maiores cantores de soulmusic do mundo aparece em “(I Can´t make It) Another Day” e agrada em cheio.
Escutar “I like The Way You Love Me” é como recordar os anos 70. A levada é perfeita e alegre, bem ao estilo Michael Jackson.
Tão alegre quanto e mais otimista, beirando a chatisse vem “Keep your Head Up”, que perde uma excelente oportunidade de ser a música carro chefe por usar, demais, frases feitas de auto ajuda.
Para quem é fã de carteirinha e prefere aguardar o lançamento oficial do álbum, é só esperar dia 14. Já para quem é mais curioso do que fã, sabe muito bem onde encontrar na internet o novo cd de Michael que, aliás, é o nome do álbum.
Uma coisa é certa. Alguém duvida que “Michael” será o presente mais dado e recebido deste natal?

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

5º Dança Ourinhos e a divulgação da arte na região centro oeste paulista




 Aconteceu em Ourinhos dos dias 10 a 15 de novembro, o 5º Dança Ourinhos, que com pouco de tempo de exibição já se tornou umas das principais amostras de todo o estado. O evento reuniu mais de mil profissionais da dança de todo o Brasil, movimentando as atividades culturais da região.
Além das apresentações, o Dança Ourinhos proporcionou aos dançarinos e a população em geral, conhecimentos em diversas áreas da dança, com workshops, palestras, mesas redondas etc. Além de levar a cidade de Ourinhos para o cenário nacional, o evento mobilizou o município, já conhecido por seu festival de curtas metragens, festival de música, entre outras competições culturais.
Ourinhos é município que respira cultura, e as crianças desde muito jovens tem total conhecimento sobre diversos tipos de arte, e podem inclusive estudá-las gratuitamente, graças a projetos desenvolvidos pela Prefeitura Municipal.
Durante os cinco dias de festa que se revezaram com apresentações no Teatro Miguel Cury, Recinto Olavo Ferreira de Sá (FAPI) e o auditório das FIO (Faculdades Integradas de Ourinhos) os comentários dos visitantes – muitos pela primeira vez na cidade -  não poderiam ser melhores.
Coreógrafos renomados como Ana Bottosso, Wagner Rosa Benjamin Alves, Henrique Talmah, Leonardo Ramos, Roberto Amorim estiveram presentes na amostra que além de encantar os expectadores com suas brilhantes coreografias, colocaram em pauta reflexões sobre a beleza do corpo na arte, que vai alem da estética do esterno das formas físicas.
O 5º Dança Ourinhos também divulgou a dança escolar, com o objetivo de revelar novos talentos. Graças ao intenso trabalho da escola de bailado de Ourinhos em divulgar a dança como um meio de sociabilização dos jovens, dando noções de civismo e educação, a dança passou a integrar a grade curricular de algumas escolas, o que tem rendido bons frutos.
Mais de 500 alunos da rede pública estadual e municipal participaram do evento, e também passarão a receber apoio dos projetos “Cultura Itinerante”, “Vem Dançar” e “Corpo de Baile itinerante” através do PROAC-ICMS do governo do Estado de São Paulo.
A  5ª edição do Dança Ourinhos trouxe como novidade este ano a sua grade de programação da tradicional Festa das Nações, promovida em parceria com diversas entidades beneficentes, trazendo a música, a dança e a culinária de diversos países, exaltando o Brasil como “Pátria das Nações”, através de um olhar sobre a “Beleza da Dança” como um instrumento capaz de levar a paz à todos os povos e nações.

Cintia Gales


Dan Brown e sua receita de mistério




Dan Brown utilizando sua querida receita de mistério, lançou mais uma aventura, repleta de segredos, correrias, figuras históricas, místicas e tudo mais que já conhecemos do autor. Sua mais nova obra, O Símbolo Perdido vendeu mais de um milhão de exemplares no primeiro dia de lançamento, e outros tantos até os dias de hoje.
O que muitos contestam, é a tal receita utilizada por Dan Brown em todos os seus livros, o que acaba os tornando um pouco previsíveis. Mas a magia, que só Dan Brown tem, de prender o leitor até a última linha, eles não podem contrariar. É sempre a mesma coisa: um crime, uma mulher envolvida emocionalmente com a vítima e parceira do personagem principal, um segredo guardado por um grupo poderoso, um vilão exótico e visualmente marcante, e um enredo bomba-relógio.
Nesta aventura, Dan Brown trás de volta o personagem de seus dois primeiros livros,
O Código Da Vinci, e de Anjos e Demônios, o especialista em símbolos Robert Langdon.
Também estão de volta as pistas ocultas por artistas famosos em monumentos conhecidos, desta vez, em Washington. Langdon deixa o leitor vidrado explicando os mistérios tão interessantes existentes no local, que nem de longe chama tanta atenção como o continente Europeu.
A trama começa quando o especialista atende ao pedido de um amigo para substituir um conferencista em um evento em Washington em um domingo. Horas depois, um local famoso e repleto de turistas é transformado em cena de crime, com Langdon como o maior capacitado a decifrar os códigos deixados pelo criminoso.
E como estamos em Washington, o choque de Langdon com as autoridades inclui um mal entendido com a direção da CIA que deve dar um bom trabalho à tradução. O restante da história segue o plano, com duas surpresas, uma facilmente descoberta capítulos antes da revelação oficial, e a outra suficiente para acelerar a leitura e deixar o leitor vidrado nas paginas do livro.
Porém, como a trama continuar sendo uma ficção, ela é cheia de furos, que nos fazem ficar ‘encucados’ e são informações difíceis de engolir. O principal vilão Mal´akh, é incrivelmente semelhante à do assassino serial Francis Dollarhyde, do livro e filme Dragão Vermelho. Ele também é excêntrico demais, apelativo demais e louco demais. Diferente dos outros vilões de Brown.
E o líquido respirável? Brown acabou admitindo que retirou isso do filme O Segredo do Abismo, de James Cameron. Mas não dá para imaginar um porão do Capitólio sendo usado como uma Câmara de Reflexão (dos maçons)
Mas como era de se esperar, a obra não seria nem mais nem menos que isso. O que não se pode contrariar é que Brown faz as duas coisas muito bem.



Cintia Gales

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Sortilégios Imaginários


[sem título. 1950, xilogravura, 46x35cm. Col. Pedro Hiller]


O desenhista e gravador brasileiro Marcello Grassmann é nascido em São Simão, interior de São Paulo em 1925, e tem uma obra de sonhos, poética e mitologia.

A exposição “Marcello Grassmann, Sombras e Sortilégios” apresenta 400 obras do artista com desenhos, xilogravuras, litografias e gravuras em metal realizadas em diversas fases de Grassmann entre 1940 e 2008. Entre os trabalhos destacam-se as coleções de Ana Elisa Dias Baptista, James Lisboa, Lourdes Xandó Rosa e Pedro Hiller.
Para quem não conhecia o trabalho do artista, o conjunto das obras é uma viagem ao mundo dos sonhos, repletos de lutas e cavaleiros, com símbolos ancestrais e mitológicos que expressam o confronto. Os traçados quase esboçados em grafite trazem cavaleiros em armaduras, contra animais singulares. As obras em xilogravura dão vida ao título da exposição. Harpias, porcos e sereias misturados com riqueza impressionante de detalhes exprimem uma sensação de feitiçaria, refletem o sortilégio das sombras e dos conceitos.
Grassmann conquistou reconhecimento internacional e nacional em setenta anos dedicados aos desenhos e às gravuras. Uma carreira notável e inquestionável quanto à técnica e aos conceitos que proporcionou a conquista de prêmios nas Bienais de Veneza, São Paulo, Paris e Florença.
O inconfundível em suas obras são as representações do imaginário com cavaleiros, donzelas, monstros e a morte. Grassmann tem uma incrível capacidade de externar e interpretar os mundos imaginário e real.
Suas obras fazem parte do acervo do MoMA de Nova York, da Bibliothèque Nationale de Paris, do Museum of Fine Arts de Dallas. No Brasil, além da Pinacoteca do Estado, podem ser vistas na Biblioteca Nacional no Rio de Janeiro, no Instituto Moreira Salles em Poços de Caldas, no MAM - Museu de Arte Moderna e no MAC - Museu de Arte Contemporânea de São Paulo, no Museu de Belas Artes no Rio de Janeiro, no Itamaraty e no Museu Oscar Niemayer de Curitiba.

MAIS: Marcello Grassmann


[sem título, 1982, litografia, 70x50cm. Col. Pedro Hiller]


Andréia Pisco

A admiração de um belo projeto e a polêmica de más idéias


A Bienal do Livro de São Paulo é o terceiro maior evento editorial do mundo, ficando pra trás apenas da Feira do Livro de Frankfurt e da Feira Internacional do Livro de Turim. A 29ª edição que aconteceu do dia 13 a 22 de agosto de 2010 no Pavilhão de Exposições Anhembi recebeu cerca de 74 mil pessoas por dia, segundo informações do Datafolha, superando o esperado de 64 mil pessoas por dia e batendo o record de 2006 que foi de 73 mil pessoas por dia. os quais conheceram as novidades e as tendências do mercado editorial do Brasil e conferiram  uma programação cultural.
Durante os 11 dias de Bienal as pessoas conferiram diversas atividades culturais programadas elaboradas para encantar os visitantes, onde sua principal missão era de estimular o hábito da leitura e democratizar o acesso ao livro, assim, com a preocupação da formação de novos leitores, a organização investiu R$ 30 milhões na promoção e divulgação do evento. Além disso, dedicou especial atenção na preparação das atrações específicas para as crianças e para o público jovem que refletiu nos números da visitação, com 288 mil crianças presentes, destas, 134 mil estiveram na Bienal pelo programa de visitação escolar agendada.
visitantes na Bienal do Livro 2010
Este ano a feira homenageou Monteiro Lobato e Clarice Lispector e tiveram como temas de destaque a Lusofonia e o Livro Digital, outra novidade foi o Cozinhando com Palavras, evento com workshop e debates sobre boa cozinha e gastronomia em livros que foram realizados no espaço Gourmet Sensações espaço montando especialmente para a atividade.

No Palco Literário teve a participarão de vários famosos como Regina Duarte, Zeca Camargo, Nívea Stelmann e Paulo Goulart, teve também a Arena do SESC-SP, entidade parceira da organização. Outras atividades que receberam grande número de visitantes foi o Espaço do Livro Digital Imprensa Oficial, a Exposição Monteiro Lobato (da Globo Livros), a Arena da Oficina de Twitter da Fundação Volkswagen, a Biblioteca Móvel Itapemirim, o Espaço Digital Submarino, o Espaço da Lusofonia SBS e a Biblioteca do Bebê.
Mas a obra “Bandeira Branca” de Nuno Ramos foi uma das polêmicas da Bienal, pois o artista usou de três urubus que vieram do Parque dos Falcões, em Sergipe, para ocupar o pavilhão central da Bienal, gerando protesto por ativistas protetores dos animais, o local chegou a ser pichado com a frase: “ Liberte os Urubus”, um inquérito aberto para constar se houve maus tratos as aves e a determinação do IBAMA para a retirada dos animais da exposição.  
E para completar as polemicas a Ordem dos Advogados do Brasil, a OAB, através de um notificado pediu a retirada das obras de Gil Vicente alegando que o trabalho era uma apologia ao crime, pois a exposição era de desenhos em que o próprio artista é representado assassinando lideres políticos como, por exemplo, o presidente Lula, George W. Bush e até a rainha Elisabete.
O presidente da Bienal de São Paulo, Heitor Martins, confirmou que a instituição recebeu a notificação da OAB-SP, mas assegurou que as obras não seriam retiradas da mostra. “Um dos pilares da Bienal, que vai completar 60 anos, é a independência curatorial e a liberdade de expressão dos artistas. Não vamos exercer nenhum tipo de censura”, afirmou.
Vale destacar também que em 2010 foi a primeira vez que a Bienal do Livro de São Paulo dedicou o primeiro dia do evento exclusivamente à visitação de profissionais do setor, o que contribuiu para estimular negócios e valorizar o mercado editorial, assim expositores tiveram a oportunidade de promover reuniões e encontros exclusivos com cerca de 4.500 compradores profissionais do setor.
Mas a Bienal de São Paulo foi um sucesso, você não foi? Perdeu uma grande oportunidade cultural, mas não fique triste em 2012 ela promete ser melhor e  não vai perder!
Thais Franco








Uma história para ler e reler


Umas das histórias mais conhecidas em quadrinhos no mundo, Sin City é o título de uma série de gibis de Frank Miller. A primeira história apareceu originalmente em "Dark Horse Presents” (Abril, 1991), e continuou em Dark Horse Presents (Maio, 1991), sob o título de "Sin City", em treze partes. Várias outras histórias de comprimentos variáveis têm seguido.
Além do gibi, houve uma adaptação para o cinema de "Sin City", co-dirigido por Robert Rodriguez e Frank Miller com "diretor convidado especial" de Quentin Tarantino, foi lançado em 01 de abril de 2005. Os volumes foram reimpressas com novas capas e em um tamanho reduzido de forma a coincidir com a imagem teatral do lançamento do movimento. Um dos filmes mais elogiados pela sua fidelidade com a peça original em quadrinhos.
Todas as histórias se passam em Basin City (no qual há vários “vilarejos” dentro da própria cidade, denominados no gibi), uma cidade fictícia no oeste americano, com freqüentes personagens recorrentes e contos entrelaçados. Um grande rio corta a cidade, que tem uma extensa orla. A cidade é também conhecida pelos seus polícias covardes, preguiçosos ou corruptos.
Os principais personagens são - Marv (sujeito violento, que se vende prestando serviços sujos, anti-herói); John Hartigan (detetive, o único policial honesto de toda a corporação); Goldie e Wendy (prostitutas que controlam a cidade); Wallace (o herói, sempre busca fazer o correto, sem medir conseqüências).
O interessante da série de Miller são os quadrinhos “preto e branco”, sem as cores primárias tradicionais em histórias em gibis. A originalidade dos desenhos (baseados em personagens, gangs, quadrilhas, criminosos) e a intensa violência são características marcantes. Apesar de não muito recente, Sin City é a típica história que não sai da memória dos fãs de gibi. Uma história para ser lida e relida.


Thiago Ros

CD “Caminho de Milagres” de Aline Barros a essência do amor de Deus através da música



Quem nunca ouviu uma de suas músicas? Aline Barros é considerada uma das mais famosas cantora da música gospel no Brasil e no mundo. Talento é que não falta para esta jovem que canta desde dois anos de idade incentivada pelos seus pais.
Aline Barros, foi a primeira cantora evangélica a se apresentar em uma emissora de TV, no programa Xuxa Park da TV Globo em meados da década de 90. A cantora tem sido, durante anos, uma importante referência na música gospel. Dotada de talento e carisma natos, que na verdade são a prova da unção de Deus em sua vida, Aline tem conseguido que seu trabalho alcance resultados inatingíveis por outros artistas do segmento gospel no Brasil até o momento. Seu ministério como levita tem sido caracterizada pelo pioneirismo na mídia secular. Aline foi convidada a participar, de importantes programas de televisão como Xuxa, Raul Gil, Eliana, Carla Perez, Super Pop, Hebe Camargo, Gilberto Barros, entre outros, além de entrevistas em conceituados jornais, importantes revistas e também convidada para o evento "Criança Esperança", transmitido pela Rede Globo e recentemente no Teleton no SBT. Seu ministério tem se estendido por todo o mundo, com premiações e homenagens.
Mas gostaria de falar do seu último CD intitulado “ Caminho de Milagres”, que foi gravado ao vivo em 2007 na Comunidade Internacional da Zona Sul-RJ. Este é o terceiro álbum da cantora pela MK Music e Aline não cansa de inovar. Novamente em parceria com um de seus produtores musicais, Rogério Vieira, preparou um CD com 16 faixas musicais que trazem músicas desde POP, dançante até adoração. O disco contém versões da própria da cantora assim como composições próprias e em parcerias com o grupo Toque no Altar e com a cantora Eyshila. Este mesmo CD Caminho de Milagres emplacou Disco de Ouro com 50 mil cópias vendidas em um mês de lançamento. Depois de três meses de lançamento, Caminho de Milagres já estava além das 100 mil cópias. Hoje esse CD já passa das 300 mil cópias vendidas e com disco triplo de platina.
O disco conta ainda com a participação de um coral de mais de 300 vozes reunindo membros da Comunidade Evangélica da Zona Sul e das PIB de Maricá e São Gonçalo.

O encarte do CD foi idealizado pela gravadora MK é bem simples e seu interior está visualmente meio confuso. Algumas letras estão escritas em vermelho sob um fundo preto, fato que dificulta um pouco sua leitura. A capa é muito atraente, traz efeitos sobrepostos como se fossem pinceladas com várias tonalidades de cor, porém as fotos parecem ter sido tiradas em estúdio e não na gravação ao vivo.

O repertório também traz três versões do Hillsong,. Todas as versões do “Hillsongs” foram feitas pela própria Aline e as letras, ficaram ótimas..

Eu, particularmente, adorei o CD, ele foi muito bem produzido, as versões ficaram perfeitas. As canções realmente tocam no profundo do coração de quem escuta, porque Aline canta com a alma ,com o coração e vive realmente o que está cantando.
Eu recomendo que todos ouçam “Caminho de Milagres” e sintam verdadeiramente a essência do amor Deus através da doce voz de Aline Barros.
Agora vou contar uma novidade para todos os fãs da cantora, para este final de ano que se aproxima Aline já gravou seu novo CD o mais esperado de 2010, o título ainda não foi divulgado, mas o novo CD de Aline já saiu do forno e estará a venda nas lojas de todo o Brasil provavelmente até o natal. Agora queridos é só aguardar!


Guilherme Ferraz

O CURSO DE JORNALISMO DA UNIMAR OBTÉM CONCEITO 4 NO ENADE 2010


Criticar é fácil!
Existem pessoas especialistas em criticar, pessoas que conseguem encontrar defeitos em quase tudo. Para criticar basta olhar em volta, que estaremos sempre encontrando muitos motivos para fazê-lo. Estamos sempre encontrando pessoas criticando o governo, a economia, o juiz de futebol, os professores, a faculdade, etc.
Saber elogiar é uma atitude de poucos, e é muito mais poderosa do que as famosas criticas, ditas “sinceras”. Quantas vezes ouvimos palavras do tipo: “Isto que lhe falo é para o seu bem!” Até pode ser, mas, dizer um “Parabéns!” precisa de uma certa dose de humildade. Elogiar, parabenizar, reconhecer as virtudes e os esforços dos outros, é este o objetivo deste artigo. Quero parabenizar os alunos que fazem parte da instituição de ensino da qual faço parte; os alunos do curso de Jornalismo da UNIMAR.
Por que parabenizá-los? Porque, pelo esforço conjunto de alunos professores e funcionários, aliado à infraestrutura oferecida pela instituição, figurou entre os fatores apontados como responsáveis pelo bom desempenho dos alunos do curso de Jornalismo no ENADE (Exame Nacional de Desempenho de Estudantes), que tem como objetivo a verificação do nível de aprendizado dos alunos em relação aos conteúdos programáticos, suas habilidades e competências ao longo de sua vida acadêmica
O ENADE, que substituiu o antigo provão, é aplicado aos alunos do primeiro ano (ingressantes) e do último ano (concluintes) das instituições de ensino superior públicas e privadas.
De acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), o conceito é o parâmetro para a concessão e renovação dos cursos. O resultado segue uma escala de 1 a 5, sendo que a nota 4 é considerada mais que satisfatória. A nota 4 demonstra padrão de excelência do curso, dadas as condições de oferta por parte da Instituição de Ensino (qualificação dos professores, instalações, biblioteca etc.) que culminam com o nível de aprendizado do aluno. É uma expectativa de toda instituição de ensino alcançar um boa nota, e a UNIMAR mais uma vez conseguiu este feito, elevando assim a auto-estima da instituição, do seu corpo docente e discente. Portanto, “Parabéns Jornalismo da UNIMAR!”

ANIZIO RODRIGUES DE OLIVEIRA FILHO

GUERRA NO RIO JÁ DURA 30 ANOS. E NÃO VAI ACABAR TÃO CEDO!



Tudo isso que estamos presenciando na Cidade Maravilhosa, é apenas novas cenas de uma velha guerra.
O processo de crescimento do crime organizado no Rio dura 30 anos. E na última década, não houve um único ano em que os cariocas não assistissem a tiroteios em favelas, queimas de ônibus e carros nas ruas e assassinatos de autoridades ligadas ao sistema penitenciário e à segurança.
O crime começou a se organizar no Rio de Janeiro no fim dos anos 1970, quando bandidos libertados da Ilha do Fundão se uniram para criar o Comando Vermelho, primeira facção de crime organizado a atuar na cidade.
Após uma série de assaltos a bancos que serviram para capitalizar o grupo, os bandidos estabeleceram acordos com cartéis da Bolívia e da Colômbia para distribuir cocaína no país.
Iniciaram então uma tomada das tradicionais bocas de fumo que vendiam maconha nas favelas e que eram gerenciadas como negócios alternativos dos barões do jogo do bicho. Foram ajudados, indiretamente, pela política de segurança pública do então governador Leonel Brizola, que proibiu a polícia de atuar nos morros. Em 1985, o CV já detinha mais de 70% dos pontos de venda de drogas.
A conquista das bocas atraiu a ira de outros bandidos contra o CV. Em 1983, desafetos do comando, principalmente oriundos da Zona Oeste e que eram mantidos na terceira galeria do presídio da Ilha Grande deflagraram uma guerra sangrenta contra chefes do Comando Vermelho. Nasceu assim o Terceiro Comando.
Desde então, a guerra por território entre facções protagonizou inúmeros episódios de terror na cidade ao longo dos anos.
Desde 1979, vendo o avanço do tráfico sobre as favelas, comerciantes de Rio das Pedras, na zona oeste, começaram a pagar policiais por proteção contra os traficantes. Nasceu assim a primeira milícia, que começou a crescer no início dos anos 2000. Policiais, na ativa ou na reserva, formavam grupos paramilitares que, muitas vezes usando armamento da própria corporação, expulsavam os traficantes e ocupavam seu lugar nas favelas.
A forma de ação dos milicianos inclui a extorsão de moradores para que paguem por todos os serviços clandestinos que atuam na favela, do ponto de luz ao gato da TV a Cabo, além da segurança. Quem não aceita pagar é espancado, ameaçado e finalmente expulso de sua casa, com a família. Quem se recusa a sair, é assassinado.
Hoje, as milícias ocupam 96 favelas no Rio de Janeiro, e constituem um dos maiores problemas de segurança, quase tão grave quanto o do tráfico. Serão contra elas as batalhas que os brasileiros, e os cariocas em especial, assistirão pela TV nos próximos anos. Porque as força policiais podem até derrotar os traficantes nesta batalha que estamos presenciando. Mas, a Cidade Maravilhosa, ainda estará muito longe de vencer esta guerra em definitivo.
ANIZIO RODRIGUES DE OLIVEIRA FILHO

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Livro aborda a vida de uma das grande cafetinas do interior paulista



Ela já foi chamada de dama, vagabunda e prostituta, quebrou barreiras e preconceitos. Também procurou viver suas próprias paixões, sim esta era a jovem Eny Cesarino. Uma mulher a frente de seu tempo, e da antiga sociedade machista.
A história de Eny, foi lançada em 2002 no livro “Eny e o Grande Bordel brasileiro”, do jornalista e pesquisador Lucius de Mello. Através de preciosos relatos de parentes e amigos desta personagem. Tudo começa nos carnavais dos anos 30 ; fuga de casa e sua independência financeira. Eny sempre dizia que seu dinheiro era ganho de forma honesta, por meio de seu trabalho. Lucius de Mello conseguiu transmitir uma época de ouro e prazer, em um tempo de refinadas prostitutas e respeitosos bordéis.
Eny Cesarino, após sucessivas empreitadas, chega a Bauru, nos anos 40, para trabalhar em uma meretrício, após passar pelo Rio de janeiro e Santa Catarina . A custa de dinheiro e beleza, consegue propor uma sociedade com a dona, até que em 1963 consegue montar seu complexo de luxo e prazer, denominado “CASA DA ENY” próximo ao trevo de Bauru. Lá ela adquiriu mais estabilidade , e desdobrava em cuidar de seus negócios e suas rosas (sua grande paixão).
Nesta casa, Eny recebeu políticos, sacerdotes e artistas influentes da MPB, um público seleto desde João Goulart, Jânio Quadros, Toquinho e Vinícius de Moraes. O livro traça os diálogos destas personalidades se referindo as “meninas das casa”. Segundo João Goulart, a cafetina deveria abrir uma franquia nos pampas, pois tamanha era a beleza de suas funcionárias. Também grande era a influência de Eny na sociedade, que seu apoio foi fundamental para eleger o amigo e confidente Nicola Avallone Junior “nicolinha” a prefeito de Bauru, em 1956 e a deputado em 1968.
Com o início de 1970, o sexo deixou de ser tabu, passando a ganhar mais liberdade, isso resultou no aumento dos motéis e das prostitutas de rua, gerando concorrência e falência dos bordéis, não foi diferente com Eny, que ficou falida e para saldar suas dívidas foi obrigada a fechar as portas e voltar a São Paulo, morando na casa de parentes. Segundo sua sobrinha Isabela Cesarino, a ex-cafetina logo que foi morar em sua casa, se tornou uma personalidade do bairro, todos a admiravam, a interpelavam a todo instante para que contasse seus segredos, poucas informações eram dadas “Meus segredos irão comigo para o túmulo, podem tentar, mas não vou contar” dizia Eny.
Certamente seus segredos ficaram guardados e hoje se encontram enterrados nas paredes de sua antiga casa, onde já não existem mais suas roseiras nem seu glamour.


Waldemar Callejon