A Bienal do Livro de São Paulo é o terceiro maior evento editorial do mundo, ficando pra trás apenas da Feira do Livro de Frankfurt e da Feira Internacional do Livro de Turim. A 29ª edição que aconteceu do dia 13 a 22 de agosto de 2010 no Pavilhão de Exposições Anhembi recebeu cerca de 74 mil pessoas por dia, segundo informações do Datafolha, superando o esperado de 64 mil pessoas por dia e batendo o record de 2006 que foi de 73 mil pessoas por dia. os quais conheceram as novidades e as tendências do mercado editorial do Brasil e conferiram uma programação cultural.
Durante os 11 dias de Bienal as pessoas conferiram diversas atividades culturais programadas elaboradas para encantar os visitantes, onde sua principal missão era de estimular o hábito da leitura e democratizar o acesso ao livro, assim, com a preocupação da formação de novos leitores, a organização investiu R$ 30 milhões na promoção e divulgação do evento. Além disso, dedicou especial atenção na preparação das atrações específicas para as crianças e para o público jovem que refletiu nos números da visitação, com 288 mil crianças presentes, destas, 134 mil estiveram na Bienal pelo programa de visitação escolar agendada.
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visitantes na Bienal do Livro 2010 |
Este ano a feira homenageou Monteiro Lobato e Clarice Lispector e tiveram como temas de destaque a Lusofonia e o Livro Digital, outra novidade foi o Cozinhando com Palavras, evento com workshop e debates sobre boa cozinha e gastronomia em livros que foram realizados no espaço Gourmet Sensações espaço montando especialmente para a atividade.
No Palco Literário teve a participarão de vários famosos como Regina Duarte, Zeca Camargo, Nívea Stelmann e Paulo Goulart, teve também a Arena do SESC-SP, entidade parceira da organização. Outras atividades que receberam grande número de visitantes foi o Espaço do Livro Digital Imprensa Oficial, a Exposição Monteiro Lobato (da Globo Livros), a Arena da Oficina de Twitter da Fundação Volkswagen, a Biblioteca Móvel Itapemirim, o Espaço Digital Submarino, o Espaço da Lusofonia SBS e a Biblioteca do Bebê.
Mas a obra “Bandeira Branca” de Nuno Ramos foi uma das polêmicas da Bienal, pois o artista usou de três urubus que vieram do Parque dos Falcões, em Sergipe, para ocupar o pavilhão central da Bienal, gerando protesto por ativistas protetores dos animais, o local chegou a ser pichado com a frase: “ Liberte os Urubus”, um inquérito aberto para constar se houve maus tratos as aves e a determinação do IBAMA para a retirada dos animais da exposição.
E para completar as polemicas a Ordem dos Advogados do Brasil, a OAB, através de um notificado pediu a retirada das obras de Gil Vicente alegando que o trabalho era uma apologia ao crime, pois a exposição era de desenhos em que o próprio artista é representado assassinando lideres políticos como, por exemplo, o presidente Lula, George W. Bush e até a rainha Elisabete.
O presidente da Bienal de São Paulo, Heitor Martins, confirmou que a instituição recebeu a notificação da OAB-SP, mas assegurou que as obras não seriam retiradas da mostra. “Um dos pilares da Bienal, que vai completar 60 anos, é a independência curatorial e a liberdade de expressão dos artistas. Não vamos exercer nenhum tipo de censura”, afirmou.
Vale destacar também que em 2010 foi a primeira vez que a Bienal do Livro de São Paulo dedicou o primeiro dia do evento exclusivamente à visitação de profissionais do setor, o que contribuiu para estimular negócios e valorizar o mercado editorial, assim expositores tiveram a oportunidade de promover reuniões e encontros exclusivos com cerca de 4.500 compradores profissionais do setor.
Mas a Bienal de São Paulo foi um sucesso, você não foi? Perdeu uma grande oportunidade cultural, mas não fique triste em 2012 ela promete ser melhor e não vai perder!
Thais Franco
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