quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

A admiração de um belo projeto e a polêmica de más idéias


A Bienal do Livro de São Paulo é o terceiro maior evento editorial do mundo, ficando pra trás apenas da Feira do Livro de Frankfurt e da Feira Internacional do Livro de Turim. A 29ª edição que aconteceu do dia 13 a 22 de agosto de 2010 no Pavilhão de Exposições Anhembi recebeu cerca de 74 mil pessoas por dia, segundo informações do Datafolha, superando o esperado de 64 mil pessoas por dia e batendo o record de 2006 que foi de 73 mil pessoas por dia. os quais conheceram as novidades e as tendências do mercado editorial do Brasil e conferiram  uma programação cultural.
Durante os 11 dias de Bienal as pessoas conferiram diversas atividades culturais programadas elaboradas para encantar os visitantes, onde sua principal missão era de estimular o hábito da leitura e democratizar o acesso ao livro, assim, com a preocupação da formação de novos leitores, a organização investiu R$ 30 milhões na promoção e divulgação do evento. Além disso, dedicou especial atenção na preparação das atrações específicas para as crianças e para o público jovem que refletiu nos números da visitação, com 288 mil crianças presentes, destas, 134 mil estiveram na Bienal pelo programa de visitação escolar agendada.
visitantes na Bienal do Livro 2010
Este ano a feira homenageou Monteiro Lobato e Clarice Lispector e tiveram como temas de destaque a Lusofonia e o Livro Digital, outra novidade foi o Cozinhando com Palavras, evento com workshop e debates sobre boa cozinha e gastronomia em livros que foram realizados no espaço Gourmet Sensações espaço montando especialmente para a atividade.

No Palco Literário teve a participarão de vários famosos como Regina Duarte, Zeca Camargo, Nívea Stelmann e Paulo Goulart, teve também a Arena do SESC-SP, entidade parceira da organização. Outras atividades que receberam grande número de visitantes foi o Espaço do Livro Digital Imprensa Oficial, a Exposição Monteiro Lobato (da Globo Livros), a Arena da Oficina de Twitter da Fundação Volkswagen, a Biblioteca Móvel Itapemirim, o Espaço Digital Submarino, o Espaço da Lusofonia SBS e a Biblioteca do Bebê.
Mas a obra “Bandeira Branca” de Nuno Ramos foi uma das polêmicas da Bienal, pois o artista usou de três urubus que vieram do Parque dos Falcões, em Sergipe, para ocupar o pavilhão central da Bienal, gerando protesto por ativistas protetores dos animais, o local chegou a ser pichado com a frase: “ Liberte os Urubus”, um inquérito aberto para constar se houve maus tratos as aves e a determinação do IBAMA para a retirada dos animais da exposição.  
E para completar as polemicas a Ordem dos Advogados do Brasil, a OAB, através de um notificado pediu a retirada das obras de Gil Vicente alegando que o trabalho era uma apologia ao crime, pois a exposição era de desenhos em que o próprio artista é representado assassinando lideres políticos como, por exemplo, o presidente Lula, George W. Bush e até a rainha Elisabete.
O presidente da Bienal de São Paulo, Heitor Martins, confirmou que a instituição recebeu a notificação da OAB-SP, mas assegurou que as obras não seriam retiradas da mostra. “Um dos pilares da Bienal, que vai completar 60 anos, é a independência curatorial e a liberdade de expressão dos artistas. Não vamos exercer nenhum tipo de censura”, afirmou.
Vale destacar também que em 2010 foi a primeira vez que a Bienal do Livro de São Paulo dedicou o primeiro dia do evento exclusivamente à visitação de profissionais do setor, o que contribuiu para estimular negócios e valorizar o mercado editorial, assim expositores tiveram a oportunidade de promover reuniões e encontros exclusivos com cerca de 4.500 compradores profissionais do setor.
Mas a Bienal de São Paulo foi um sucesso, você não foi? Perdeu uma grande oportunidade cultural, mas não fique triste em 2012 ela promete ser melhor e  não vai perder!
Thais Franco








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