terça-feira, 23 de novembro de 2010

Contar uma vida em 2 horas e meia.

Brad Pitt nas fases da vida de Benjamin Button e Cate Blanchet como Daisy


O Curioso Caso de Benjamim Button é um filme inspirado num conto de F. Scott Fitzgerald e readaptado aos cinemas por Eric Roth que modificou grande parte do texto original dando um lado mais sagaz, com toques de sarcasmo e explorando justamente a reação de Benjamin frente às diferenças entre ele e as demais pessoas, mas o filme não é só uma curiosidade sobre uma anomalia genética “mágica” é um filme sobre a vida.
A história original é de uma pessoa que nasce com corpo e mentalidade de um adulto idoso que regredi mentalmente à medida que seu corpo rejuvenescia, mas no filme somos apresentados a história de um bebê que nasce com o corpo de um velho em seus 80 e poucos anos com mente infantil.
Brad Pitt interpreta Benjamin Button, o qual nasce no século XX ao final da primeira guerra e é abandonado pelo pai em um asilo de idosos, onde é uma criança num corpo de velho e cresce durante os principais acontecimentos da historia mundial. O filme testa a tese de Shaw ao levar o personagem a amadurecer emocionalmente à medida que seu corpo se torna forte e jovem.
O filme adota uma estrutura narrativa em flashbacks, onde a história é recriada a partir da leitura do diário de Benjamin por sua filha, Caroline, com Daisy, sua duradoura paixão, e que já idosa encontra-se à beira da morte num hospital em New Orleans durante a passagem do furacão Katrina, em 2005.
As cenas com sua amada complementam a proposta do filme, onde entendemos o quão ruim é para Benjamin quando se vê na iminência de formar uma família com Daisy, pois se não bastasse sua condição já representar um enorme fardo, pois o privou de ter uma infância ao lado das crianças que brincavam na rua ou de descobrir o primeiro amor na adolescência, uma vez que ninguém acreditaria em um adolescente no corpo de um velho, esse trágico personagem se vê confrontado pelo fato de que ele não poderá envelhecer junto com seus filhos e esposa.
O capricho do filme é caso a parte, pois mesmo se a história não colaborar a parte visual é deslumbrante, onde o roteiro além de ser belíssimo o cenário de época é inigualável, as maquiagens perfeitas e o “mini-Brad” de muletas foi espetacularmente perfeito.
A cada cinco minutos de filme tínhamos uma frase que nos dava um tapa na cara e dizia “ Hey, acorda! A vida tem que ser vivida, pois é um milagre!”. Benjamin Button é uma lição de vida em pouco mais de duas horas.
Cada momento do filme nos lembra o quanto somos sortudos por simplesmente estarmos vivos e termos todos os dias a chance de poder fazer exatamente o que mais sonhamos. Não fala sobre destino ou acaso, mas sim que nada disso importa quando o que interessa é tratar cada dia como uma dádiva. Por isso recomendo que mude seus planos para  o mais rápido possível e vá assistir O curioso Caso de Benjamin Button, JÁ!

Thais Franco 

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