Cafundó é inspirado em um personagem real saído das senzalas do século XIX. João de Camargo (lázaro Ramos) , um tropeiro e ex-escravo. Que com a libertação dos escravos e algumas decpções na vida passa a desenvolver sua mediunidade, sendo motivo de contestação pela sociedade e igreja. Seu dom consiste em ajudar o próximo. Ele se crê capaz de curar, e acaba curando, até que decide montar a capela da água vermelha na cidade de Sorocaba, originando um centro de peregrinação.
Sincretismo Religioso: tem menção nos primeiros blocos da vida de João, desde que deixa a fazenda do coronel Barros, no final do século XIX e aprende os “pontos” com sua mãe, a ex-escrava e rezadeira Nhá chica. De certa maneira o sincretismo foi bem apresentado, pois mostrou mais a realidade de São Paulo do que a do nordeste ( geralmento só associamos o sincretismo e esta região do Brasil) . O regionalismo Paulista foi marcante, na maneira de mostrar os hábitos simples do homem do campo. Ao longo de sua trajetória religiosa, João de Camargo (Lázaro ramos) se espelha no falecido monsenhor João Soares do Amaral (Luis Melo) tendo-o por mentor e guia.
Sua morte, em 1942, transforma-o num personagem que formou a alma brasileira e, até hoje, nas lojas de produtos religiosos, encontramos sua imagem, O Preto Velho João de Camargo (Nhô João).
O filme cujo gênero é drama, estreou em 2005, dirigido pelo ator Paulo Beti e Clóvis Bueno, sendo premiado com quatro Kikitos neste ano e com um prêmio especial no Festival de Gramado 2005: melhor ator (Lázaro Ramos), melhor direção de arte (Vera Hamburguer), melhor direção de fotografia (José Roberto Eliezer), prêmio especial do júri e prêmio RGE para melhor fotografia.Cafundó estreou em Sorocaba, Itu, Jundiaí e São Paulo. O mais interessante nesta premiação, é que a estreia do filme foi em cidades interior paulista, mais precisamente Sorocaba, cidade em que João de Camargo viveu.
Todos os cenários e figurinos foram montados ao estilo no início do século XX.
Atores Principais:
Lazaro Ramos- João de Camargo
Leandro Firmino- Cirino
Luís Melo-Monsenhor joão Soares
Francisco Cuoco-bispo
Paulo Betti-devoto
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